A Guiné-Bissau possui uma flora vasta e rica em diversidade de plantas importantes para a criação de abelhas, dita apicultura. A apicultura de mangal, implementada no quadro da Ação Ianda Guiné! Arrus, está inserida nas atividades de diversificação produtiva do projeto. Esta atividade consiste na incorporação de colmeias modernas do tipo queniano e americano para melhorar a atividade e, principalmente, a vida das comunidades, com pequenas ações e técnicas de melhoria dos métodos tradicionais, uma forma de valorização e incentivo para proteger a ecologia do mangal.
A produção de mel no mangal tem sido cada vez mais importante para as comunidades devido às suas numerosas vantagens. Primeiro, pelo seu alto teor nutritivo e vitamínico para as crianças e demais faixas etárias. Também, pela diversificação alimentar, reduzindo assim a forte dependência do arroz e caju. Ainda em termos socioeconómicos, afigura-se como uma fonte de renda complementar para as famílias.
Para concretizar o seu objetivo de aumentar os rendimentos e reduzir a insegurança alimentar dos produtores, A Ação Ianda Arrus prevê trabalhar com 30 grupos de apicultores até ao fim do projeto através de um programa de formação e acompanhamento específico, assim como a instalação de 30 apiários para criação de abelhas nas diferentes zonas de intervenção. Cada apiário instalado possui 10 colmeias e para cada colmeia forma-se um grupo de apicultores.
Até ao momento, foram instalados 6 apiários, correspondente a 60 colmeias, nas comunidades com as quais a Ação trabalha. Em Tombali, no sul do país, as tabancas de Cafal e Cafine têm, cada uma, dois apiários, correspondentes a 20 colmeias cada. Em Encheia, no norte da Guiné-Bissau, as tabancas de N’Faide e N’Tchangue têm um apiário cada, correspondente a 10 colmeias por tabanca.
Ao nível formativo, um total de 135 pessoas já beneficiou dos trabalhos de apicultura, das quais apenas 5 são mulheres, nos setores de Encheia e Tombali e no Setor Autónomo de Bissau (SAB).
Espera-se continuar com a instalação dos apiários de mangal até ao final do projeto, em 2023, para melhorar a alimentação e as condições de vida das populações nas zonas de intervenção.