No passado dia 12 de maio, em Bissau, foi assinado o Protocolo de Acordo de Engajamento entre a Ação Ianda Guiné! Arrus e as comunidades de Antula, Sector Autónomo de Bissau (SAB). Este acto firma o compromisso assumido anteriormente por cada uma das partes envolvidas em agosto de 2020, altura em que foi definido um protocolo de pré-acordo.
A questão das bolanhas de Takir (205 ha) e Mboma (446 ha) suscitou uma atenção especial dos técnicos do Ianda Guiné! Arrus aquando do desenho do Projeto Executivo, na medida em que trata-se de bolanhas urbanas em uma situação muito vulnerável e sensível às mudanças climáticas e não só: estas zonas húmidas têm sido alvo de fortes ameaças de devastação ambiental devido a forte pressão de construções industriais, vazadouros de lixo, entre outros, contribuindo de alguma maneira a inundações e consequentemente a erosão dos solos e inutilidade das bolanhas.
Durante a missão, a equipa técnica percorreu um longo percurso na companhia dos representantes das comunidades para constatar o estado das bolanhas objeto de intervenção do Ianda Guiné! Arrus e priorizar as atuações iniciais, principalmente as mais urgentes e preocupantes, em virtude do risco de desaparecerem a curto prazo com o avanço da industrialização urbana e má gestão dos resíduos sólidos.
De seguida, houve um Djumbai para troca de impressões e de experiências com as comunidades. Também foi feita a apresentação e calendarização do projeto de reabilitação das bolanhas com o intuito de dar a conhecer detalhadamente as obras que a Ação Ianda Guiné! Arrus pretende realizar nas bolanhas (construção de diques de cintura e canais, colocação de tubos) ainda durante este ano de 2021.
Os profissionais que irão orientar os trabalhos foram apresentados aos produtores de Bissau e suas famílias. Na mesma ocasião, foram definidos os principais eixos de intervenção no âmbito da proteção do ecossistema e diversificação produtiva na agricultura de mangal:
– Implementação de técnicas agronómicas adaptadas às mudanças climáticas;
– Garantia do acesso as sementes de qualidade para o aumento da produtividade;
– Dinamização e impulso às iniciativas para a profissionalização da fileira do arroz.
Essas ações visam a reabilitação e a modernização do cultivo do arroz nessas bolanhas urbanas, a proteção do meio ambiente, a reflorestação do mangal, a gestão das águas e a proteção do ecossistema para o reforço de resiliência das populações, favorecendo o aumento dos rendimentos bem como os níveis de segurança alimentar e nutricional das famílias proprietárias das referidas bolanhas.