No dia 6 de junho de 2024, o Centro Cultural Português em Bissau foi palco da estreia do documentário “Nó Lanta, Nó Pega: Caminhos da Resiliência na Guiné-Bissau”. Este documentário destaca a experiência e os impactos do programa Ianda Guiné!, uma iniciativa da União Europeia, em parceria com diversos atores locais e internacionais. O evento contou com a presença dos embaixadores da União Europeia e de Portugal na República da Guiné-Bissau e de representantes da Embaixada de Espanha, além das equipas envolvidas nos diversos projetos do programa, e outros convidados.
A recepção dos convidados foi seguida de uma cerimónia de boas-vindas, conduzida pelos Embaixadores da União Europeia e de Portugal na Guiné-Bissau, respetivamente, Artis Bertulis e Miguel Cruz Silvestre.
Ambos enfatizaram a importância da estratégia de apresentar e implementar soluções nacionais para problemas nacionais, destacando o papel da Unidade de Coordenação do Ianda Guiné! e das diferentes Ações, para a maximização das sinergias e potencialização do impacto do programa. O Embaixador de Portugal destacou que a “Unidade foi essencial na partilha de aprendizagens, influenciando positivamente as políticas do país, como sucedeu com a recente aprovação do plano nacional de desenvolvimento sanitário e do plano nacional de desenvolvimento de recursos humanos de saúde”. Por sua vez, o Embaixador da União Europeia junto da República da Guiné-Bissau reforçou que “o caminho deverá (continuar a) ser feito em conjunto, uma vez que Djunto i caminho di futuro”.
Feitas as saudações iniciais, o documentário foi exibido, proporcionando uma visão aprofundada das iniciativas e das histórias pessoais que compõem o Ianda Guiné!. O público teve ainda oportunidade de testemunhar as bonitas imagens do país e a alegria dos intervenientes com o trabalho em mãos.
Após a projeção do documentário, foi realizada uma sessão de conversa com o realizador do documentário, Ricardo Cunha Santos, e a chefe de cooperação da delegação da União Europeia na Guiné-Bissau, Madeleine Onclin. A chefe de cooperação felicitou as sinergias das ações, enquanto o realizador comentou que se conseguiu fazer um bom filme, foi também porque “o resultado do programa é realmente bom”, o que facilitou a captação de imagens e realização de entrevistas, até pela forma acolhedora com que foi recebido pelos protagonistas. “Isto é resultado direto do impacto positivo que o programa tem nas suas vidas”, afirmou Santos.
Madeleine Onclin revelou que, na sua opinião, o principal legado do Programa é a participação direta da população na sua implementação e a apropriação do programa, resultado de uma relação íntima entre as entidades implementadoras e os beneficiário finais. Destacou ainda a forma como os “Pikininus Planus di Mudança” tiveram um impacto muito positivo na camada mais juvenil e o fato de se ter feito proveito das sinergias entre Ações: “uma ação auxilia a outra: a produção de arroz e legumes é reforçada (no seu escoamento para comercialização) pelas pistas rurais, que por sua vez permitem um melhor acesso à saúde e escolas, bem como ao fornecimento de água e energia elétrica”. Madeleine concluiu que “o aumento do bem-estar é o que a população sempre esperou e o programa mostrou ser possível tornar essa esperança em uma realidade.”
A estreia do documentário “Nó Lanta, Nó Pega” marcou um momento importante para o programa Ianda Guiné!, celebrando os progressos alcançados e destacando a importância da cooperação contínua para o desenvolvimento da Guiné-Bissau. Este evento não só celebrou as conquistas passadas, mas também reforçou o compromisso da União Europeia e de seus parceiros em continuar a trabalhar em prol de um futuro mais resiliente e próspero para todos os guineenses.
O documentário Nó lanta, Nó pega já está disponível para o público aqui e a versão curta pode ser vista aqui.
Desde 2019, o Ianda Guiné!, tem atuado em prol do aumento da resiliência e das oportunidades socioeconômicas para a população da Guiné-Bissau. Com um investimento de 44 milhões de euros, esta iniciativa da União Europeia já envolveu diretamente mais de 55 mil pessoas em todas as regiões do país e no Setor Autónomo de Bissau.