No quadro das atividades da Ação Ianda Guiné! Arrus, através da componente Capacitação, formação e proteção de ecossistemas, foi realizada durante este mês de setembro uma atividade de repovoamento de mangal nas bolanhas de Takir, no Setor Autónomo de Bissau (SAB), junto das comunidades vinculadas à produção de arroz.
O repovoamento foi feito com o objetivo de lutar contra a erosão costeira e proteção do solo nomeadamente nas zonas limítrofes às bolanhas servindo de proteção das marés e dos ventos, de habitat para a fauna local e intercâmbio de matéria orgânica e nutrientes. A atividade de repovoamento ou reflorestação de mangal realizada é parte do ativismo comunitário existente na campanha de formação e informação sobre a importância dos ecossistemas de mangal ministrada anteriormente aos produtores locais.
A atividade de repovoamento de mangal realizada na bolanha de Takir centrou-se no transplante de plântulas (pequenas plantas) de mangal retiradas duma determinada zona para plantar nas zonas degradadas ou consideradas críticas para a proteção das infraestruturas das bolanhas. Durante a atividade foi plantado um total de 260 plântulas de mangal com uma distância de 1,5 m entre as plantas e 2 metros entre fileiras.
Na Guiné-Bissau, o mangal é conhecido por “tarafe” e designado como floresta costeira ou do mar. Os mangais são formações florestais que ocorrem nos estuários de rios e lagos costeiros sujeitos ao regime de marés e marcam uma transição entre a plataforma continental e marítima.