A Ação Ianda Guiné! Hortas reuniu os horticultores das regiões de Cacheu e Oio numa assembleia realizada nos dias 28 e 29 de julho de 2022, na comunidade de N´gharon, situada há 15 quilómetros da cidade de Bissorã.
O encontro de dois dias que juntou mais de 80 produtores (na sua maioria mulheres) vindos de diferentes comunidades rurais das duas regiões visava promover sinergias e relações entre os horticultores, proporcionar um espaço de partilha de experiências produtivas e de debate sobre temáticas que possam melhorar a prática produtiva para dinamizar a fileira agrícola.
Durante o intercâmbio, uma das atividades de maior relevo foi a visita ao campo de produção hortícola da comunidade anfitriã, N´gharon, que despertou muita curiosidade nos participantes. Houve também um djumbai temático no qual foram partilhados conhecimentos técnicos, experiências e saberes tradicionais com vista à melhoria da capacidade produtiva. Os horticultores conversaram sobre o combate a pragas e fungos, controlo de qualidade de sementes e adubação de diferentes variedades de culturas hortícolas sem introdução de produtos químicos.
Além das sessões temáticas de formação e sensibilização, os horticultores de 41 tabancas de Cacheu e Oio aprenderam na prática técnicas de transformação de produtos locais e dicas para uma ter cozinha criativa, sensível à segurança alimentar e nutrição.
Em tom de alegria, Lucia Gomes saudou vivamente a iniciativa da Ação Ianda Guiné! Hortas, em representação das horticultoras da região de Cacheu. “Estamos mais que contentes, juntámo-nos aqui hoje não apenas para trocar ideias, mas para fazer amizades. Isso é muito importante para nós enquanto mulheres do campo, pois, só juntas é que podemos atingir os nossos objetivos.”
Para a representante das horticultoras da região de Oio, Laurinda Soque, é necessário que o projeto continue a promover intercâmbios de forma a criar sinergias em prol do desenvolvimento da fileira hortícola. “Temos que dizer obrigado à Ação Hortas por tudo que tem feito por nós, mas ainda estamos a precisar de muita assistência e apoio”, sublinhou a produtora da comunidade de Ncor.